Lafis: Setor de serviços recua apenas 0,2% em março

SÃO PAULO, 18 de maio de 2018 /PRNewswire/ — O IBGE, por meio da Pesquisa Mensal de Serviços, apresentou os dados referentes a março de 2018 sobre o desempenho do setor de serviços, especialmente no que se refere ao volume de serviços movimentado na economia brasileira. Assim, março registrou uma queda de 0,2% em comparação com o mês anterior na série com ajuste sazonal, após a estabilidade observada em fevereiro (0,0%) e da queda registrada em janeiro (-1,9%) que interrompeu as duas altas consecutivas observadas em novembro e dezembro de 2017 (1,0% e 1,5%, respectivamente).

Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o setor retraiu 0,8%, já a taxa acumulada deste primeiro trimestre de 2018 também recuou (-1,5%). No que diz respeito à variação acumulada dos últimos 12 meses, a queda foi de 2,0%. É interessante observar que, apesar desta retração, o ritmo das quedas vem sendo cada vez menor desde abril de 2017.

Dentre as cinco atividades contempladas pela pesquisa, três delas contribuíram para este pequeno recuo frente a fevereiro de 2018, sendo elas “Serviços profissionais, administrativos e complementares” (-1,8%), “Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio” (-0,8%) e “Outros serviços” (-0,4%). As demais atividades apresentaram avanço no mesmo período, mas não o suficiente para segurar a queda do setor como um todo: “Serviços de informação e comunicação” (2,3%) e “Serviços prestados às famílias” (2,1%). Em relação a março de 2017, as variações positivas se deram em duas atividades: “Outros serviços” (2,2%) e “Serviços prestados às famílias” (1,0%). As três atividades restantes apresentaram queda: “Serviços profissionais, administrativos e complementares” (-2,6%), “Serviços de informação e comunicação” (-0,9%) e “Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio” (-0,4%).

No que diz respeito à análise da variação dos últimos 12 meses, a decomposição do resultado negativo mostra que os ramos que registraram as maiores baixas foram “Outros serviços” (-6,3%), “Serviços profissionais, administrativos e complementares” (-5,7%), “Serviços de informação e comunicação” (-2,8%) e “Serviços prestados às famílias” (-0,5%). Somado a estes desempenhos negativos, tem-se o resultado positivo da atividade “Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio” (3,4%) nos últimos 12 meses.

Apesar da queda pouco expressiva observada, o resultado de março reforça a perspectiva de uma maior lentidão na recuperação do setor de serviços, assim como toda a economia, ainda que o desempenho do comércio varejista tenha começado o ano de 2018 positivamente, contribuindo para confirmar a expectativa de recuperação do consumo neste primeiro trimestre. No que diz respeito às famílias, é possível observar uma melhora gradual na confiança e na intenção de consumo, porém ainda a um nível de otimismo moderado. Já as empresas, diante deste cenário, vislumbram, primeiramente, uma retomada da utilização da capacidade instalada da indústria, até então ociosa devido à crise econômica, para depois voltarem a realizar investimentos, mostrando uma evolução positiva da confiança dos empresários.

Tais comportamentos são reflexo do contexto macroeconômico no qual estes agentes estão inseridos, como controle da inflação, queda de juros, aumento da renda e leve melhora no mercado de trabalho. Neste último caso, o medo do desemprego é um dos fatores que mais afeta a disposição do consumidor, uma vez que está diretamente ligado à possibilidade de melhorar sua cesta de consumo e até mesmo contrair novas dívidas diante de uma maior capacidade de pagamento. As incertezas ficam por conta do cenário político, já que ainda não se sabe muito a respeito das possíveis reformas e políticas a serem implantadas pelo futuro presidente e se estas serão favoráveis à manutenção da retomada do crescimento econômico.

Em relação à variação da receita nominal, em março, esta avançou 1,8% em relação a fevereiro e, em comparação com março de 2017, a variação ficou em 1,9%. A taxa acumulada nos últimos 12 meses foi igual a 2,5%.


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Analista Responsável: Fernanda Rodrigues.

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