BRASÍLIA, Brasil, 31 de janeiro de 2018 /PRNewswire/ — Em 2014, um em cada três brasileiros tinha acesso a um smartphone e um em cada cinco era usuário do Whatsapp. Nas eleições presidenciais daquele ano, o economista Maurício Moura, fundador do IDEIA Big Data, estudou o impacto das mensagens políticas enviadas pelo aplicativo aos jovens eleitores. Agora, a pesquisa acaba de ser publicada em um artigo no veículo especializado Internet Policy Review.
“Descobrimos que ele colaborava no engajamento eleitoral e, de alguma forma, levava mais jovens pras urnas”, explica Maurício Moura. Professor de ciência política da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, o especialista acredita que a ferramenta terá ainda mais influência nas eleições deste ano.
Os números corroboram com a tese de Maurício Moura. Basta apontar que, hoje, cerca de 60% da população acessa o WhatsApp, três vezes mais do que há quatro anos. E a proporção de smartphones em circulação no território nacional é de quase um para cada pessoa.
Como o WhatsApp impacta o voto
Em 2014, o IDEIA Big Data monitorou dois grupos de estudo para entender o alcance do aplicativo. Em um grupo, estavam adolescentes de 16 e 17 anos, cujo voto é facultativo, e que receberam mensagens de WhatsApp enviadas por partidos, comitês eleitorais e candidatos. No outro, estavam pessoas da mesma idade, mas que não receberam esse tipo de conteúdo político.
No Rio de Janeiro, 89% dos jovens que receberam as mensagens foram votar. Entre os que não haviam recebido, apenas 12% compareceram às urnas. Nos grupos estudados em Santa Catarina, o contingente que foi contatado e votou foi de 58%. Entre os que não foram contatados, 14% votaram.
A importância do estudo deve-se ao fato de que, por ser um aplicativo de mensagens criptografadas, é quase impossível monitorar o conteúdo trocado em conversas de WhatsApp. “Dessa maneira, pudemos entender a real influência da ferramenta no jogo eleitoral”, explica Maurício Moura.
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O cientista também fez outros estudos em que analisou o impacto da visita de cabos eleitorais e de militantes nas casas dos eleitores cujo voto é facultativo. E os resultados foram similares. “Isso significa que o Whatsapp pode ter o mesmo efeito que receber alguém presencialmente para falar sobre uma candidatura”, conclui Maurício Moura.
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FONTE Maurício Moura
SOURCE Maurício Moura